segunda-feira, 9 de julho de 2012

Paulo

Voltei. Após um ano e quatro dias de inatividade do blog, venho com uma postagem nova. Minha inspiração para o início da narrativa veio deste filme. Porém, acho que minha maior inspiração foi não ter escrito nada por tanto tempo. Espero que gostem da história.




Paulo




    Paulo era um cara estranho. Qualquer um que falasse por mais de dez minutos com aquele rapaz franzino e de cabelo seboso diria isso. Sério. Pergunte a quaquer um, eles podem confirmar. "Eu não gosto do Paulo, ele sempre vem com aqueles papos estranhos", "Paulo? Aquele nerd que só fala de ETs e coisas do tipo? Acho que ele é maluco", "Só sei que eu nunca vi o Paulo com uma namorada. Acho que deveria arranjar uma namorada. O Paulo deve ser gay". Acho que vocês já entenderam. A minha história, ou melhor, a história dele, aconteceu no início do inverno.
    Eu estava sentado em uma rua no Centro, pensando na vida. Olhando para trás, eu vejo que não estava somente pensando, estava esperando. Era como se eu soubesse que algo aconteceria, e que aquilo iria mudar minha vida para sempre. Gosto de Porto Alegre. É uma cidade movimentada e cheia de vida, sempre que posso vou para lá, mesmo que eu esteja sozinho, pois gosto de ver o movimento. Sabe, eu não saio dizendo isso para todos. Provavelmente todos pensariam que sou doido como o Paulo, me tachariam de estranho, me detestariam antes mesmo de me conhecer. Exagero? Provavelmente. Só sei que entre as pessoas da minha idade, ficar duas horas parado olhando para as pessoas e tentando adivinhar o que elas fazem não é algo muito normal.
    Já quis ser um escritor. Gosto de pessoas, de cidades. Porém, acho que eu nunca seria bom o suficiente, e como não quero morrer de fome, estudo Jornalismo. Admito, não é como se eu tivesse paixão pela profissão. Eu gosto é da chance de poder ver o mundo e documentar aquilo, olhar as vidas de desconhecidos, observar sem ser observado. Exatamente por isso, esta história não é sobre mim. Ela é sobre um cara de vinte anos, um cara que mudaria a minha vida. Mas não vamos falar dele ainda, é cedo demais pra isso. Vamos falar de Kevin.
    Kevin era um bosta. Desculpem-me, eu queria poder ser educado, dizer que ele era um monte de fezes, talvez um excremento. Mas não, ele era um bosta, mesmo. A primeira vez que eu o vi, estava na Redenção com alguns amigos. O sol aos poucos ia se pondo, e como ninguém do meu grupinho gostava da ideia de ser assaltado ou estuprado, estávamos indo embora. Foi então que ele apareceu, com seu nariz empinado e uma jaqueta de couro, se achando o dono do mundo. Kevin derrubou um amigo meu com um soco, falando qualquer coisa sobre a namorada dele. Obviamente, a situação ficou feia e todos nós começamos a brigar. Acho que eram cerca de seis contra três, mas mesmo assim, apanhamos. Com o que nos restou do nosso orgulho, nos levantamos e fomos pra casa, enquanto Rodrigão, meu amigo que levou o primeiro soco, explicava a situação.
    Rosa era a ex namorada de Kevin. Linda, ruiva e tatuada. Linda até demais. Ela tinha largado seu antigo namorado brutamontes há cerca de um mês, mas ele continuava socando todo mundo que ficava com ela. Rodrigão disse que sabia dos riscos, e eu chamei ele de idiota por se meter com a mulher de alguém tão perigoso. Pausa. Eu acho que é por isso que sinto que nunca ganhei na vida. Não quis mais ser escritor por causa dos riscos. Não quis ir estudar em São Paulo por causa dos riscos de não me adaptar. Diabos, na sétima série eu não quis tentar ficar com a garota que eu gostava por medo de ela rir da minha cara. Fim da pausa. Fomos todos para casa, e minha mãe me xingou horrores aquela noite.
    Me recostei à parede amarela do Mercado, olhando as pessoas saírem da estação de trem, enquanto começava a escurecer. Vi uma galera bem estranha lá. Primeiro, vi uma mulher com uma camiseta branca que dizia “O fim do mundo está próximo, de 2012, não passará”. Certo, e a Hello Kitty que vai dominar o mundo. Depois dela, apareceu um grupo de otakus. Um deles usava cosplay de Naruto. Céus, eu até gosto de animes, mas tenho vergonha das pessoas que saem na rua assim. Após vê-los, comecei a pensar que talvez o maior motivo de eu nunca ter usado cosplay não fosse nem achar eles ridículos, mas o medo de ser tachado de idiota pelos outros. Porém, antes que eu pudesse começar uma longa e cansativa briga comigo mesmo, eu vi algo que me chamou a atenção.
    Agora, vocês param e imaginam. O que será que eu vi? Seria um fantasma, um avião, o Super Homem? Não, era o Paulo, obviamente. A história é sobre ele, não é? O conheci quando ainda estava no ensino fundamental e morava em Novo Hamburgo. Ele era irmão mais novo do Carlos, o cara mais inteligente que eu conheci. Não, eu não vou falar dele agora, melhor deixar para depois. Carlos jogava RPG comigo e alguns amigos. Aquele jogo em que supostamente interpretamos personagens em cenários fantástico medievais, mas que o que fazemos na verdade é comer pizza, gritar e rir sem parar e foda-se a aventura, sabe? Joguei com ele algumas vezes. Ele sempre ficava quieto, e gostava de jogar com ladinos. Porém, o desgraçado não sabia ser furtivo, e isso sempre atrapalhava nosso jogo.
    Acenei com a cabeça e quase decidi seguir meu caminho de volta à Canoas, afinal, já estava ficando tarde. Foi nessa hora que minha curiosidade fez tudo mudar. Paulo, o estranho, o franzino, o veado, estava conversando com Rosa. Deuses, o que eles estariam fazendo juntos? Eram totais opostos. Ela era linda, desejada e legal, Paulo era... bem, o contrário de tudo isso. Eu poderia ter deixado de lado, deveria ter deixado. Mas aquilo me deixava curioso demais. Então, com uma coragem movida pela curiosidade, me aproximei dos dois, mas eles começaram a andar. Surgiu a dúvida: deveria voltar para casa e estudar para a prova de Teorias da Comunicação que eu tinha na segunda-feira? Não. Segui os dois. Eles pareciam amigos de longa data, trocando sorrisos e olhares divertidos. Senti inveja. Aquele derrotado estava tão perto de uma garota tão linda, enquanto eu, no lugar dele, teria ficado paralisado de medo diante de todas as possibilidades. Eles não poderiam ter qualquer tipo de interesse amoroso entre eles, certo? Seria impossível. Rosa havia namorado por mais de seis meses com um brutamontes igual o Kevin, não iria querer nada com aquele magricelo.
    Os dois foram seguindo pela Borges de Medeiros, que já começava a esvaziar nesta hora. Por causa disso, fiquei receoso de que eles pudessem me ver, ou que alguém me assaltasse. Já fui assaltado em Porto Alegre uma vez, foi terrível. Eu havia ido a uma festa junto de alguns amigos, e durante o início da manhã, passamos por perto da Redenção. Do meio das árvores surgiu um bando de garotinhos terríveis. Sim, garotinhos. Os filhos da puta estavam armados com facas e levaram meu dinheiro e meu celular. Não sei se foi pior perder as coisas que foram roubadas ou a humilhação de ter sido assaltado por uns moleques sujos. Ainda lembro do Carlos rindo da minha cara quando eu contei a história a ele.
    Carlos foi meu ídolo, quase um irmão. Estudei com ele na primeira série, e nunca mais larguei do seu pé. Ele conhecia tudo sobre tudo, mas sem ser um daqueles sabe-tudo arrogantes. Aprendi muito com ele, mas infelizmente, tudo que é bom tem um fim. Ele morreu em um acidente de carro, há cerca de um ano atrás. Lembro como se fosse hoje. Eu estava na casa dele, junto de mais dois amigos, e estávamos comendo pizza. Como faltou refrigerante, ele se ofereceu para ir buscar. Ainda lembro da nossa última conversa:
    -O céu está revoltoso hoje, melhor eu tomar cuidado. - ele disse.
    -Como se uma chuvinha fosse te derrubar. - respondi, brincando.
    -As vezes existe muito mais por trás da tempestade do que você pode imaginar, meu caro amigo.
    O que ele falou não teve graça nenhuma, mas mesmo assim, todos demos risadas. Fiquei chocado quando descobri que ele havia sido atropelado por uma kombi. Demônios, quem é atropelado por uma kombi enquanto busca refrigerante? Talvez tenha sido esse toque de surrealidade que nunca me deixou superar a morte dele. Rodrigão e a galera são legais, mas eles não são ele. Ultimamente eu não falo mais sobre o Carlos, eu mencionava ele constantemente até dois meses atrás, quando minha mãe perguntou se eu estava apaixonado por ele. Não sei se fiquei insultado ou com vergonha de ela não ter entendido, mas nunca mais falei disso com ninguém.
    Eu vi relâmpagos clareando o crepúsculo enquanto a dupla andava pela avenida, logo iria chover, exatamente como no dia em que meu amigo morreu. Tirei aquele pensamento triste da cabeça e continuei andando, não era hora de ficar pensando no passado. Após um tempo seguindo a dupla misteriosa, achei certo que eles estivessem namorando, loucos de paixão, e que estivessem indo ao shopping Praia de Belas para um jantar romântico. Mil coisas se passaram pela minha cabeça, menos uma: parar os dois e conversar com eles. Afinal, o que eu poderia dizer? Como eu poderia explicar sem parecer algum tipo de perseguidor maluco? Talvez não houvesse explicação pensável, até porque eu era um perseguidor que, senão maluco, ao menos era meio sem noção de sair seguindo dois semi conhecidos.
    Seguir pessoas nunca dá em boa coisa. Lembro da vez que assisti aquele filme chamado Following, sobre um escritor que fazia exatamente isso. Não lembro muito bem do final, mas acho que não terminava bem... Mesmo assim, segui os dois até o shopping. Porém, em vez das minhas suspeitas se concretizarem, eles entraram no parque ao lado, o Marinha. Será que eles eram loucos? O lugar estava vazio. Parando para pensar, achei que o louco talvez fosse eu, por ter seguido eles até lá. E se eles quisessem transar no meio do mato ou algo assim? Eu iria parecer um tarado. Vacilei por alguns instantes até finalmente decidir seguir em frente. Por mais medo que eu tivesse, aquela história iria me perseguir por anos se, pela primeira vez na vida, eu não tivesse coragem. Lutando comigo mesmo, atravessei a rua, e foi aí que me deparei com Kevin.
    Ele não demorou a me ver, e veio logo me perguntando o que eu estava fazendo indo atrás da Rosa. Fiquei sem reação. Porém, graças à pressa com que ele falava, não tive chance de dizer nada de comprometedor até ele revelar que só estava ali porque um amigo havia ligado e dito que sua namorada havia passado por ali com um cara. Como estava no shopping, ele saiu para investigar e me encontrou. Dei qualquer desculpa a ele e disse que precisava ir para casa. Entrei no parque assim que ele foi embora.
    Eu esperava pelo pior enquanto vagava por entre as árvores. As chances de acontecer algo ruim eram grandes, porque eu havia perdido eles de vista e o parque esvaziava cada vez mais. Olhei primeiro perto das quadras, onde alguns garotos jogavam uma partida de futsal. Depois, fui me embrenhando nas trevas do parque cada vez mais. Comecei a ficar com medo, como se algo ruim estivesse prestes a acontecer. Encontrar os dois pelados atrás de uma moita e precisar me explicar era a menor das minhas preocupações.
    Ouvi um tiro. Fiquei tão desesperado que corri para qualquer direção, sem saber se me afastava ou aproximava da fonte do barulho. Não sei o quanto eu andei, nem o que tinha ao meu redor, só sei que parei quando tropecei em alguma coisa. Levantando a cabeça, vi uma gosma verde. A gosma saía de uma cabeça verde toda enrugada, que por sua vez, estava presa a um corpo do tamanho de um humano. De um súbito, percebi que a criatura era tenebrosamente parecida com Kevin. Gritei mais alto do que pudesse imaginar que conseguiria. Foi nesse momento que vi Paulo e Rosa olhando pra mim.
    -Cara, o que diabos você tá fazendo aqui? - perguntou Paulo.
    Fiquei sem resposta.
    -Droga, ele viu o Khorn. O que a gente vai fazer, Paulo? - disse Rosa, visivelmente preocupada.
    -Quem!? E o que é essa coisa verde aqui? Isso é um Cór?
    Rosa suspirou, e então eu ouvi a história mais inacreditável da minha vida.
    -Hoje é o fim do mundo. Eu sei, é difícil de acreditar. Olha, vamos deixar uma coisa clara, o planeta não vai explodir. Só a sociedade que vai ruir e ser escravizada nas mãos de alienígenas verdes e com bafo ruim, os Khorn. Certo? Que cara é essa? Bem, eu faço parte de uma pequena organização que, explicando em termos simples, está em guerra com esses invasores desde os anos 50. Nós ficamos sabendo que o grande ataque vai ser aqui neste parque, dentro dos próximos trinta minutos. Provavelmente vamos perder, e o mundo vai acabar. E o pior, nossos colegas não vão chegar tão cedo...
    -Mas que organização? Que alienígenas, do que você está falando?
    -Eu explico depois, agora, vamos!
    No caminho nada mais parecia fazer sentido. Era como se meu mundo estivesse desabando na minha frente, e de fato estaria, se ninguém fizesse nada dentro da próxima meia hora. Enquanto nos corríamos pelo Marinha, perguntei a Paulo o que ele fazia lá, e tive a segunda grande surpresa da noite. Carlos também fazia parte da organização, sendo conhecido por ser o membro mais jovem da região. Ele morreu da última vez que os Khorns atacaram, enquanto eles faziam um exercício de reconhecimento. Minha cabeça parou ao ouvir aquilo. O tempo todo eu sabia que meu amigo não havia sido morto por uma kombi! Era surreal demais para ser verdade. Mas eu não poderia imaginar que a verdade fosse mais bizarra ainda! Tudo fez sentido quando me disseram que os relâmpagos que vi anteriormente não eram relâmpagos. Eram as luzes das naves espaciais inimigas, que pousariam ali a qualquer momento. Exatamente como dia em que ele faleceu!
    Aqueles malditos alienígenas mataram meu melhor amigo, e naquela noite iriam destruir e escravizar tudo e todos que eu conhecia. Eu não consigo descrever meus sentimentos naquela hora. Era como se de repente eu fizesse parte de um filme de ficção científica de baixo orçamento.
    Após chegarmos ao ponto indicado por Rosa, eu vi as naves voando pelo céu. Antes que eu pudesse exclamar qualquer coisa, ela disse:
    -Paulo, suba na prancha voadora comigo. Garoto, você fica aí.
    -Não! - gritei - eles mataram o Carlos! Ele era meu melhor amigo, e agora, eles vão pagar.
    Rosa me olhou com incerteza, e por um segundo, pensei ter visto pena nos olhos dela. Calada, ela me deixou subir a bordo, e assim, começamos a voar pelos céus, atrás da nave-mãe, que segundo ela, era nosso objetivo principal. A ruiva guiava a prancha com maestria, e após muitos desvios dos raios lasers que as naves menores soltavam e uma constante sensação que eu iria vomitar, chegamos ao nosso destino. Quando eu desci da prancha, quase caí de cima da nave, de tanto que tremia. Antes achara que seria um herói, que salvaria o mundo e vingaria a morte da pessoa mais legal que conheci, mas então a realidade me atingiu. Eu era só mais um em meio à multidão. Alguém que teve o azar de estar no lugar errado, na hora errada.
    A nave-mãe era gigantesca, com mais de duzentos metros de diâmetro. Era negra e continha várias armas a laser. Assim que ergui a cabeça, vi Paulo ser acertado por um raio e cair no chão, sangrando. Mesmo morrendo de medo, me obriguei a rastejar para mais perto do núcleo da nave, seguindo atrás da minha nova companheira de fim de mundo. Fui seguindo adiante, até ver Rosa ser acertada por um raio também. Desespero, corri até ela, não sendo acertado por milagre. A garota jazia em cima do metal da nave, sangrando. Me aproximei, e ela falou, usando suas últimas forças:
    -Garoto, eu não lembro seu nome, mas é a sua vez de entrar para a história. Pegue isto aqui e salve o maldito mundo! - ela me deu um tipo de bastão de metal e disse para apertar um botão vermelho na parte lateral dele quando chegasse perto do núcleo.
    Foi nessa hora que percebi que era eu, e não Paulo, o personagem principal dessa história. Eu nunca tive coragem, nunca escrevi o meu livro, nunca fiquei com aquela garota na 7ª série, nunca sequer disse ao Carlos como ele era meu ídolo enquanto ele estava vivo. Mas aquela era a minha chance, a minha única chance de ser alguém no mundo. Peguei aquele estranho objeto e corri. Corri como nunca havia corrido antes em minha vida. Os lasers passavam a centímetros do meu corpo, mas eu sentia como se houvesse algum tipo de escudo em volta de mim. Quando estava a menos de dez metros do meu objetivo, fui atingido, e então, veio aquela dor excruciante. Não havia medo em minha mente, somente fúria, a necessidade de, mesmo que eu não pudesse desfazer nenhum dos danos feitos por aqueles invasores malditos, proteger meus amigos e minha família.
    Lembrei do Rodrigão. Vi ele no último domingo, na Redenção. Ele disse que tinha passado no vestibular de inverno e finalmente ia fazer faculdade. Será que nunca veria seu sonho de virar biólogo ser realizado? Será que minha mãe morreria antes de me ver uma última vez, e ter a chance de me ouvir dizer que a amo? Levantei. Meus gritos de dor eram abafados pela cacofonia das máquinas alienígenas atirando, pulsando. O segundo disparo me derrubou de vez, porém, eu consegui rastejar até o núcleo e apertar o botão. Tudo ficou escuro depois disso.
    Acordei com o sol já claro e com Rosa e Paulo ao meu lado. Algumas pessoas cuidavam de nossos ferimentos, provavelmente agentes que chegaram depois do fim de nossa aventura. Quando eles terminaram, Rosa levantou-se e começou a andar pelo parque.
    -Rosa! - gritei. Assim que ela olhou, continuei - quem são essas pessoas? Destruímos os alienígenas de vez? Por que, com tantos lugares no planeta, eles atacaram logo Porto Alegre!?
    Rosa me olhou com um largo sorriso, suspirou e disse:
    -Eu explico depois.
    Enquanto ela andava, decidi chamá-la uma última vez:
    -Rosa!
    -O quê?
    -Tchau. - e assim, ela sorriu e saiu lentamente, andando pelo parque.
    Droga, eu deveria tê-la chamado para sair.

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